O Desafio de Ser Mãe na Era da Tecnologia: Quando as influências se tornam um cabo de força entre nós e nossos filhos.
- FACILITA ASSESSORIA
- 14 de mai.
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Ser mãe sempre foi uma jornada de entrega e vigilância amorosa, mas na era digital, esse chamado ganhou novas camadas de complexidade. Nunca estivemos tão conectados — e, paradoxalmente, tão distantes. As telas que informam e distraem também expõem, confundem e ferem. Hoje, crianças e adolescentes enfrentam riscos que muitas vezes não conseguimos enxergar de imediato: cyberbullying, assédio, conteúdos violentos, pressões irreais e até isolamento emocional disfarçado de diversão.
Segundo uma pesquisa da SaferNet Brasil, apenas em 2023 foram registradas mais de 45 mil denúncias de crimes contra crianças e adolescentes na internet, incluindo cyberbullying, aliciamento sexual (pedofilia) e pornografia infantil. No mesmo ano, um relatório do UNICEF alertou que 1 em cada 3 jovens no mundo já foi vítima de bullying online, o que tem causado aumento significativo de ansiedade, depressão e automutilação.
Além disso, dados do Disque 100 mostram que os casos de violência psicológica entre crianças e adolescentes — muitos iniciados em ambientes virtuais — estão em crescimento, ultrapassando 30 mil registros por ano no Brasil. Isso sem contar os casos silenciosos, não denunciados, que corroem a autoestima e os laços familiares.
Enquanto isso, nós, mães, lutamos com tudo o que temos: amor, conselhos, atenção, cansaço. Tentamos ser o filtro, o abraço, a voz firme em meio ao barulho digital. Mas muitas vezes parece uma batalha desigual — um verdadeiro cabo de força entre nós e as influências invisíveis que rondam nossos filhos.
A missão não é isolá-los do mundo, mas estar presentes nele com eles. Ensiná-los a se proteger, a se valorizar, a pedir ajuda. E, acima de tudo, lembrá-los que nenhum “like” vale mais que o amor real de quem está ali todos os dias, torcendo e lutando por sua vida.


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